Ortodontia e cirurgia ortognática mandibular
Машинний переклад
Оригінальна стаття написана мовою ES (посилання для прочитання).
Caso clínico
A paciente de 20 anos de idade, procurou o centro de ortodontia preocupada pela mobilidade de um dente temporário, o ressalto e a desvio da linha média inferior, após um tratamento prévio de ortodontia.
Procedeu-se a realizar um diagnóstico exaustivo do problema ósseo e dentário nos três planos do espaço, assim como da saúde periodontal e articular, após o qual foram informados os diferentes planos de tratamento com suas respectivas vantagens e desvantagens. Como se tornou imprescindível a colaboração do cirurgião maxilofacial em um deles, a paciente foi encaminhada para a consulta de cirurgia maxilofacial onde foi informada sobre os potenciais benefícios e efeitos colaterais do tratamento combinado.
Anamnese:
- Nome: E.C.
- Idade: 20 anos e 8 meses.
- História médica: Sem interesse.
- Motivo da consulta: Mobilidade de um dente temporário, ressalto e desvio da linha média inferior.
Diagnóstico
1. Análise extraoral:
Terço inferior ligeiramente menor que o terço médio.
Exposição adequada dos incisivos em repouso e sorriso.
Sorriso assimétrico devido à elevação insuficiente da comissura esquerda.
Perfil convexo.
Retrocleia inferior.
Queixo ligeiramente retrognático.
Ângulo mentolabial marcado.
2. Análise radiográfica:
2.1. Ortopantomografia:
- Dentição permanente.
- Côndilo direito de menor tamanho que o esquerdo.
- Agenesia do 45.
- Ausência de: 18, 14, 24, 28, 35 e 48.
2.2. Telerradiografia lateral de crânio e traçado cefalométrico:
- Mesofacial.
- Classe II óssea de causa mandibular.
- Incisivos corretamente localizados em relação às suas bases ósseas.
3. Análise intraoral:
- Desvio da linha média inferior para a esquerda de 1,5 mm de causa dentária inferior (arcada inferior assimétrica como consequência de um tratamento prévio de ortodontia que envolveu extrações dentárias assimétricas na arcada inferior, mantendo o 85 apesar da agenesia).
- Mordida cruzada de 46-16 e 17 de causa dentária inferior (excesso de torção corono-vestibular do 46 e localização fora da linha de arcada).
- Ressalte: 5 mm.
- Lado direito: Classe II molar completa e classe I canina.
- Lado esquerdo: Classe II molar e classe II canina completa.
- Sobremordida: 4,5 mm.
- Presença de cálculo na lingual do setor anterior inferior.
Estudo inicial




Plano de tratamento
O primeiro passo antes de começar o planejamento do tratamento consiste em determinar os objetivos de tratamento para cada caso em particular e focados em cada uma das áreas que potencialmente serão afetadas pelo tratamento proposto. Por sua vez, esses objetivos constituem um marco de referência tanto para o paciente quanto entre os diferentes profissionais, assim como um elemento crítico para a avaliação dos resultados obtidos ao final do tratamento. Esses objetivos são:
- Estética facial.
- Estética dental.
- Oclusão funcional.
- Saúde periodontal.
- Estabilidade.
Satisfação do motivo da consulta do paciente. Com base nisso, foram avaliadas 2 opções de tratamento:
Opção A: Tratamento apenas com ortodontia
- Tartrectomia.
- Reabertura do espaço entre o canino inferior esquerdo e o primeiro pré-molar inferior esquerdo, com o objetivo de corrigir o ressalto, a classe II canina esquerda, obter simetria na arcada inferior e centralizar as linhas médias dentárias.
- Extração do segundo molar temporário inferior direito e fechamento do espaço até a obtenção de um tamanho idêntico ao gerado no lado contralateral.
- Correção da mordida cruzada posterior direita, melhorando o torque do 46 e levando-o ao seu lugar na arcada dentária.
- Em última instância, seria necessário reabilitar os espaços do terceiro e quarto quadrante.
- Para efeitos do possível impacto em relação aos objetivos de tratamento mencionados anteriormente, foi avaliado o potencial efeito deletério sobre a saúde periodontal diante da necessidade de protruir em excesso os incisivos inferiores e a eventualidade de forçá-los demais em relação à cortical vestibular, assim como em relação à estética facial ao acentuar o ângulo mentolabial. Além disso, foi levado em conta o baixo nível de previsibilidade quanto ao cumprimento dos objetivos a nível oclusal, assim como um aumento do risco de recidiva diante da inevitável vestibulização excessiva do setor antero-inferior.
Opção B: Tratamento combinado de ortodontia e cirurgia ortognática
- Tartrectomia.
- Extração do segundo molar temporário inferior direito com o objetivo de obter simetria na arcada inferior, centralizando a linha média dentária inferior com a dentária superior e descompensando a classe II esquelética.
- Correção da mordida cruzada posterior direita, melhorando o torque do 46 e levando-o ao seu lugar na arcada dentária.
- Extração do 38.
- Posteriormente, seria realizada cirurgia ortognática de avanço mandibular a fim de harmonizar a estética facial da paciente e obter um adequado grau de ressalto e sobremordida, assim como classe I canina e classe II molar completa bilateral.
- Em última instância, passaria para a fase de assentamento e finalização até cumprir com todos os objetivos de tratamento a nível oclusal.
- Com esta opção, seriam cumpridos todos os objetivos de tratamento.
A paciente preferiu optar pela opção B, motivada fundamentalmente pelo maior grau de cumprimento em relação aos objetivos de tratamento propostos.
Estudo pré-operatório




Cirurgia
Sob anestesia geral, foi realizada uma intubação nasotraqueal. Foi realizada uma osteotomia sagital mandibular Obwegesser-Dalpont-Epker, que para obter uma boa superfície de contato, foi levada até distal do 2º pré-molar.
O fragmento distal foi liberado extensivamente para conseguir um avanço sem tensões. Foi colocada uma férula onde havíamos programado que se fixasse a osteotomia.
As fraturas foram fixadas com miniplacas de 2mm e parafusos bicorticais classe II após verificar a adaptação passiva da férula.
A paciente foi extubada no centro cirúrgico e recebeu alta após 24 horas.
Estudo final






Discussão
A classe II é a má oclusão mais frequente em ortodontia e também a que é tratada em maior percentual de casos pelos cirurgiões maxilofaciais. Estima-se que 5% dos caucasianos são suscetíveis a um avanço mandibular. Habitualmente, a classe II não é um problema sagital puro, mas sim associada a um problema vertical, sendo o mais frequente o excesso vertical maxilar com ou sem mordida aberta. O avanço mandibular é realizado utilizando a osteotomia sagital de ramo. Nos casos de cirurgia monomaxilar mandibular, o tamanho do ressalte determina a magnitude do avanço da mandíbula e por isso é crítico que o ortodontista crie o ressalte necessário eliminando as compensações dentoalveolares ao mesmo tempo. Nas ocasiões em que for necessário, utiliza-se uma mentoplastia para conseguir o resultado estético adequado. Os avanços mandibulares são previsíveis com um pequeno percentual de recidiva se forem executados satisfatoriamente.
Comparação pré-cirúrgica/situação final


Javier Prieto Serrano, César Colmenero Ruiz, Fe Serrano Madrigal, Teresa Martínez Iturriaga
Bibliografia
- Epker BN. Modificações na osteotomia sagital da mandíbula J. Oral Surg. 1977 35-157-159.
- Obwegsseer H. Intervenções no maxilar superior para a correção do prognatismo. Zahnheilk 1965; 75: 356.
Щоб продовжити навчання і отримати доступ до всіх інших статей, увійдіть або створіть акаунт
Або увійдіть / створіть акаунт тут: